sexta-feira, 24 de julho de 2009

...e ele vai voltar.

Bom, acho que continuo interessada em Honduras.
A conversa mediada pelo presidente da Costa Rica, Oscar Arias, não teve acordo.

O governo de facto (que são os golpistas) afirmaram não aceitar nenhuma coalizão liderada por Manuel Zelaya. O que entendi de tudo que li até agora é: Os golpistas estão dispostos a sair do poder, DESE QUE Zelaya não volte a governar. E, caso ele tente pisar no país de novo, será preso. Mas, parece que ele não está muito incomodado com isso.

O ex presidente já tentou voltar de avião, mas foi impedido de pousar no país. Agora, está em uma cidade de Nicarágua, que é divisa com Honduras, junto com sua família e seus seguidores, planejando o retorno que dessa vez, vai mesmo acontecer. Trancrevo aqui um trecho da fala de Zelaya, que saiu no Estadão de hoje:
"Não tenho medo, mas sei que há ameaças de que, ao chegar, vão atirar em mim. Eles (o governo golpista) disseram que estão dispostos a isso".
É, o governo golpista não está para brincadeiras. Afirmou que, assim que Zelaya pisar em solo Hondurenho, será levado à justiça e responderá por pelo menos 15 crimes cometidos antes da decorrência do golpe.

Há uma pequena sugestão no jornal. Segundo o Estadão, suspeita-se que, como há eleições marcadas para novembro desse ano, pode ser que os militares estejam frustrando as negociações para se manter no poder até lá.
Uma acusão que até faz sentido, levando em considetração um fato: o golpe ocorreu porque Zelaya estava fazendo uma consulta popular para conseguir o terceiro mandato. Se nas negociações, estava garantido que o ex presidente só voltaria ao poder se desistisse desse terceiro mandato, porque não concordaram?
Com certeza deve haver um interesse por trás. Algo que não será noticiado nunca.
Enfim...

Só sei que, enquanto os grandes brigam, o povo sempre leva a pior. Como já havia dito muitos países e organizações puseram sanções contra Honduras - que é o 2° país mais pobre da América Central. Vou reforçar tudo o que o país deixou de ganhar:
- Crédito de US$270 milhões do Banco Central
- Um repasse de US$200 milhões do BID (Banco Internacional de Desenvolvimento)
- Uma ajuda de US$92 milhões da União Européia
- Mais um embargo que os EUA estudam aplicar, além da forte queda dos lucros que o turismo gerava para a região.

E não pensem que Novembro está chegando logo e, portanto, essas sanções durarão por pouco tempo. O Secretário Geral da OEA, José Miguel Insulza, pediu ontem a Micheletti e também a Zelaya que aceitem a negociação porposta por Oscar Arias. Caso contrário também não reconhecerá o governo que vai se eleger daqui a 5 meses.
Complicou, né?
Vamos aguardar e ver como o governo vai reagir a volta de Zelaya, e, rezar para que não se instaure uma guerra civil no país.

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